Pronunciário.

Pessoas acham que inteligência emocional é saber ignorar certas coisas, abstrair ofensas.
Estão errados.

Passei anos de minha vivencia se subvertendo,
se retraindo e se auto diminuindo quando me apontavam o dedo.
Eu só pude levar uma vida melhor quando aprendi que apenas ofende aquilo que tomo pra mim. Só irá me julgar o que acho que me serve.
Veneno só faz mal quando se bebe.

E, hoje, as suas palavras não me pertencem.
As sílabas, pronunciadas de sua boca,
caem em um limbo infinito do qual é devolvida a quem lhe falou.
Porém, quem somos e quem sou?; pra deferir tamanho rancor em palavras rasgadas e amanhecidas em cima de sua mesa de manhã.

Pessoas, pessoas que vejo; pessoas que caminham,
que dirigem, que vão a lugares,
não se importam com outras da mesma espécie,
não lhe convém atos direitos, esboços boçais dentro de rascunhos adentro
e atos sem importância sem antes de se perder em si mesmo.

Poesia da obra: "Sardas&Mostardas"

           
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