Lisboa I

Não sabia que precisava de ti até te encontrar

Lisboa, terra maestra onde eu quero sonhar

Encantaste a minha alma e agora tenho de arranjar

Forma de nos conectar ou te conseguir superar

Mas não me parece que queira esquecer

Teu céu e tuas cores que me souberam aquecer

A mim, e ás réstias de poesia que compõem o meu ser

Porque me apaixonei por ti, assim sem querer

Apaixonei-me pela que nunca esperei querer pertencer

Pelo local abençoado que a maldade me fez esquecer

Para quem esperaria nunca cá conseguir viver

Agora anseio o meu regresso ou poder aqui permanecer

Para quem pensava não aguentar tanto movimento

Minha alma ressaca do mesmo, agora que tudo está lento

E quem nunca imaginou que ao sabor do teu vento

Tão bem se sentiria com este seu novo sentimento

Apaixonei-me pelos teus ares e teu acolhimento

Apaixonei-me pelos teus mares e por cada momento

Por perceber que aqui o único possível tormento

É a hora da despedida na qual eu me lamento

Anseio então o nosso casamento, pois me apaixonei

E se por cá arranjar par, é cá onde me deixarei apaixonar

Por alguém que me possa pegar na mão e me levar

A qualquer sítio onde te possamos viver e contemplar

Em ti, de muita coisa me apercebi

mas principalmente do que diz respeito a ti

ao sentir que foi contigo que me envolvi,

por isso promete que esperas por mim

Lisboa, dona do que eu afinal sempre senti.

Maria Ribeiro Meireles
Enviado por Maria Ribeiro Meireles em 16/05/2021
Reeditado em 16/05/2021
Código do texto: T7257050
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