Lisboa I
Não sabia que precisava de ti até te encontrar
Lisboa, terra maestra onde eu quero sonhar
Encantaste a minha alma e agora tenho de arranjar
Forma de nos conectar ou te conseguir superar
Mas não me parece que queira esquecer
Teu céu e tuas cores que me souberam aquecer
A mim, e ás réstias de poesia que compõem o meu ser
Porque me apaixonei por ti, assim sem querer
Apaixonei-me pela que nunca esperei querer pertencer
Pelo local abençoado que a maldade me fez esquecer
Para quem esperaria nunca cá conseguir viver
Agora anseio o meu regresso ou poder aqui permanecer
Para quem pensava não aguentar tanto movimento
Minha alma ressaca do mesmo, agora que tudo está lento
E quem nunca imaginou que ao sabor do teu vento
Tão bem se sentiria com este seu novo sentimento
Apaixonei-me pelos teus ares e teu acolhimento
Apaixonei-me pelos teus mares e por cada momento
Por perceber que aqui o único possível tormento
É a hora da despedida na qual eu me lamento
Anseio então o nosso casamento, pois me apaixonei
E se por cá arranjar par, é cá onde me deixarei apaixonar
Por alguém que me possa pegar na mão e me levar
A qualquer sítio onde te possamos viver e contemplar
Em ti, de muita coisa me apercebi
mas principalmente do que diz respeito a ti
ao sentir que foi contigo que me envolvi,
por isso promete que esperas por mim
Lisboa, dona do que eu afinal sempre senti.