Velho rabugento
Velho rabugento (José Carlos de Bom Sucesso – Academia Lavrense de Letras)
Lá vem o Velho Rabugento
Que implica até com o vento.
Sempre está de cara feia
E não usa meia.
Dá aos ouvidos à intriga
E gosta bem de uma briga.
Não sorri para a vida
Nem mesmo por uma carta lida
Na esquina da praça.
Para ele, não tem graça.
Sempre pensa em chegar primeiro
No banco, para pegar o dinheiro.
Anda mal vestido
Das ideias está banido.
De espírito, ainda é pobre,
Porém pensa ser nobre
Com o dinheiro a emprestar.
Se não houver pagamento, ele pensa em brigar.
Assim vai levando a vida
De cara fechada e destemida.
O Velho Rabugento está sentado à praça
Pensa ser a vida sem graça.