EM UMA PANDEMIA
 
Em uma pandemia a gente apanha
Em uma pandemia a gente aprende
Se ela não te mata ao menos arranha
É um imprevisto que te surpreende.
 
Na pandemia nossos dias são frios
Mas o calor da família é que aquece
As notícias na tevê causam arrepios
Em casa o teletrabalho enlouquece.
 
Não brinque agora que é muito sério
E não brinde agora que não é a hora
Se você não teme ir para o cemitério
Sinceramente eu não quero ir agora.
 
Toda pandemia faz a gente adoecer
Eu só quero que isto tudo passe logo
Toda pandemia faz a gente padecer
Para a sensatez dos homens eu rogo.
 
Em uma pandemia revemos valores
Em uma pandemia a gente defronta
Com amores e com nossos rancores
Tudo que em nós calado nos afronta.
 
Em meio a tantos desafios há beleza
Na partilha do pão na desigualdade
Pandemia é desequilíbrio da natureza
Ou reflexo do abuso da humanidade?


IMAGEM: climainfo.org.br
Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 26/04/2021
Código do texto: T7242129
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