UM POEMA GRITANTE
Sou o que sobrou
De u poema gritante
Do fundo do baú ficou
Apenas o posinho restante
Das palavras doidas
De um passado distante
Como uma cinza de cinzeiro
Jogada em um canto esquecido
Onde nem passa um vasculho
Sou uma teia escondida
Porque não represento perigo
Para nem um ser nesta vida
Para mim me apavora
O rugido da fera selvagem
Alguém que vive lá fora
Vive dizendo que é bobagem
Viver do passado agora
È sofrer por uma miragem
Desgosta meu espírito ofegante
Minha alma adormece sofrida
Por coisas amargas distantes
Que reflete em minha vida
Passado cruel dilacerante
Das situações nunca resolvidas.