TUBOS E CRUZES
Tristes os olhos de quem vê...
E enxerga...
Pois outros tantos se cegam,
E outros tantos se calam,
Quando me sufoco e já não tenho ar,
Quando me deito e conto as cruzes,
Em becos vazios
De fome...
Ou em porta cerradas a fogo
E também a ferro...
E o anjo escabroso de foice
Bate em portas ao lado de mim...
Sonhei tanto com teu futuro...
E te vejo morrer assim...