FORMA BANDIDA
FORMA BANDIDA
Habitante de rua...
Não quer acordar para não passar fome,
nem quer crescer p'ra nunca ficar grande!
E por ali, vai vivendo uma vida, nua de
estadia crua. Habitante de rua, quer ficar
pequeno ser criança... Fazer suas graças
e apreciar as suas esperanças nos redutos
das praças. E n'um dedo de prosa e outro...
Aderir, um fiapo de confiança.
Não pensar na política que prejudica as dicas
para um bem maior. Não aceita intrigas que
derriça com briga, tudo aquilo, que fica melhor.
Habitantes de rua... Não quer o anoitecer para
não dormir na palha, virar chama virar cobaia,
nesse circo em que todo mundo some, sem
deixar nome... Some as lagrimas da mulher de
tanto chorar pelo filho... O qual ninguém quer
saber... Se é homem, ou candidato a lobisomem...
Ninguém quer saber se tem planos para vida, no
viver de descarrilo... Ou quem sabe se as feridas
feitas ali sobre seus trilhos lhe transforma n'uma
forma informada de bandida.
Antonio Montes