Pode ser...
Pode ser...
Pode ser que ninguém veja tuas obras
Pode ser que seu talento não seja reconhecido
Pode ser que você seja solenemente ignorado
Pode ser que até teus filhos tenham te esquecido
Nesse emaranhado de emoções novas de que o mundo novo é feito, trançado e parido.
Pode ser uma enorme e imensa glória
- o fato de haver em silêncio, desaparecido.
Aqueles sentimentos de amor e respeito e consideração tão antigos
Sobre os quais ainda conversamos quando estamos com alguns velhos amigos
- simplesmente, por desuso, desapareceram!
E de que adianta, ser exaltado por loucos.
Descerebrados, mimizentos
Nutelas e assemelhados
E os que, em nome da modernidade, se venderam?
Se a sua arte nasceu para ser apreciada por doutos,
intelectuais, pessoas de bem, gênios variados, e aos que despertaram e reaprenderam?
De que adianta, jogar aos porcos, nossas pedras preciosas
gritando pelas coisas que amamos que perderam seu valor?
Marchemos silenciosos as memórias exitosas
E a consciência tranquila de não havermos por isso magoado ao Senhor!
Dmi 3/2021