Meu verso é muito simples. Paralelo a um texto de Preto Moreno
Jogo a rima... Ela volta...
1) À beira do Mar
O meu verso é muito simples:
qualquer um pode cantar.
Está na areia da praia,
na espuma branca do Mar,
na estátua de Iracema.
na varinha de pescar;
no balanço da canoa,
no canoeiro a remar;
na beleza da jangada,
no navio que atracar.
Jogo a rima na maré,
ela volta a me banhar.
2) Unicidade: um tema de cada vez
Singular e penetrante,
meu verso concentra um fato:
só a pedra do diamante,
só o conforto do sapato,
só a pressa do viajante
dentro do avião a jato;
só a pose do arrogante
sem alimento no prato;
o pai com o filho distante,
contemplando o seu retrato.
Jogo a rima a um tema adiante,
ela volta ao caso nato.
3) Diversidade
É muito simples meu verso
como o nome de Maria,
como quem pensa e confia
no assunto que eu converso;
qual botão solto e disperso
que se arranca da camisa,
qual um freio que amortiza
um carro na ligeireza.
Nem orgulho, nem proeza...
Se vejo por outro prisma
e jogo a rima ao Sofisma,
ela volta à Singeleza.
Para ver o texto em paralelo, clicar abaixo:
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