JÁ NÃO TARDA
Meus olhos se viram
No espelho do quarto
Cansados, entristecidos
Tão cheio de marcas
Por tanto tempo perdido
Homens insanos e insensatos
Manuseiam os cordões
Nós, marionetes de sempre
Alheios à própria vontade
Repetimos falas e gestos
De maestros venais e desonestos
Somos bonecos de ventríloquos.
Mas chegará, e já não tarda
O levante das mentes conscientes
O basta, em alto e bom som
Só dependerá de nós
Romperemos os liames,
Teremos nossa própria voz.
AVP-11/03/2021