Eu, sendo eu

Eu, sendo eu

Antipático para um o mundo.

Simpático para eu.

Um desdenho externo profundo.

Com força que não tem o ateu.

Que se cobra, que se pressiona.

Que chora pelo que a sociedade ocasiona.

Que se detém pelo arrepender.

Que se pende pelo perder.

Quando o orar não se atenta.

Quando a carne violenta.

Quando os lábios assovia.

Destoa a magia.

Do segredo e da ética.

Mas percebendo.

Pecado é a saborosa vida eclética.

Pela variação de erros.

Nem mesmo percebia.

Por tantos desmazelos.

Sou capaz de mergulhar.

Capaz de voar.

Nas mágicas e magias.

De se entregar e fugir das orgias.

De meditar e lamentar.

Enfim.

Num enredo lido.

A balança que consolido.

De um lado o perfeito.

Do outro o defeito.

Eu e Cristo.

Esquisito.

Não.

Ele e eu nessa questão.

Eu me humilho e ele estende a mão.

Mas é a realidade do mundo.

A balança da canção.

Canta minha dificuldade e fraqueza.

Para exaltar a cruz, a verdadeira riqueza.

Entre pesos e medidas.

Pelas curas e feridas,

Faz se a harmonia.

A vida indefesa.

Eu.

A balança.

A necessidade e a riqueza.

A força e a fraqueza.

Eu a fraqueza e Cristo a riqueza.

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 10/03/2021
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