Eu, sendo eu
Eu, sendo eu
Antipático para um o mundo.
Simpático para eu.
Um desdenho externo profundo.
Com força que não tem o ateu.
Que se cobra, que se pressiona.
Que chora pelo que a sociedade ocasiona.
Que se detém pelo arrepender.
Que se pende pelo perder.
Quando o orar não se atenta.
Quando a carne violenta.
Quando os lábios assovia.
Destoa a magia.
Do segredo e da ética.
Mas percebendo.
Pecado é a saborosa vida eclética.
Pela variação de erros.
Nem mesmo percebia.
Por tantos desmazelos.
Sou capaz de mergulhar.
Capaz de voar.
Nas mágicas e magias.
De se entregar e fugir das orgias.
De meditar e lamentar.
Enfim.
Num enredo lido.
A balança que consolido.
De um lado o perfeito.
Do outro o defeito.
Eu e Cristo.
Esquisito.
Não.
Ele e eu nessa questão.
Eu me humilho e ele estende a mão.
Mas é a realidade do mundo.
A balança da canção.
Canta minha dificuldade e fraqueza.
Para exaltar a cruz, a verdadeira riqueza.
Entre pesos e medidas.
Pelas curas e feridas,
Faz se a harmonia.
A vida indefesa.
Eu.
A balança.
A necessidade e a riqueza.
A força e a fraqueza.
Eu a fraqueza e Cristo a riqueza.
Giovane Silva Santos