ABERTURAS DISTANTES

ABERTURAS DISTANTES

As aberturas indiscretas florescem,

Ante a circulação de hábitos antigos,

Para que o sobressalto da silenciosa penumbra,

Torne-se uma luz em meio às sombras.

O caminho, em movimento,

Desperta com bocejos pulsantes,

Que se alimentam, quando percorrem, em repouso,

O limite de uma contemplação digna.

Numerosa, a umidade que desce de uma noite estreita,

Sopra as vestimentas da frustração,

Para inquietar a adolescência das faces,

Que murmuram ao tempo,

A lentidão do voo.

O pensamento, irremediavelmente humano cresce,

Fiel, mas distante,

De todas as aproximações.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 01/03/2021
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