ABERTURAS DISTANTES
ABERTURAS DISTANTES
As aberturas indiscretas florescem,
Ante a circulação de hábitos antigos,
Para que o sobressalto da silenciosa penumbra,
Torne-se uma luz em meio às sombras.
O caminho, em movimento,
Desperta com bocejos pulsantes,
Que se alimentam, quando percorrem, em repouso,
O limite de uma contemplação digna.
Numerosa, a umidade que desce de uma noite estreita,
Sopra as vestimentas da frustração,
Para inquietar a adolescência das faces,
Que murmuram ao tempo,
A lentidão do voo.
O pensamento, irremediavelmente humano cresce,
Fiel, mas distante,
De todas as aproximações.
Sofia Meireles.