Quem sou eu?
É um novo amanhecer e eu preso aqui nesta prisão
Em instantes me levarão para fora, por pura diversão
Serei exposto em praça pública, mais um dia de humilhação
Para eles sou um mero fantoche, algo sem coração
Agora estão me colocando em meu pedestal sagrado
Das profundezas da terra, vem a energia que deixa meu ego inflado
Começo meu show todo torto, desengonçado, acovardado
Vou ganhando aos poucos a simpatia dos desavisados
Meus braços estendidos ao céus, buscando uma salvação
Meu sorriso falso, escondendo toda minha frustração
Em minha cabeça um adorno, falsa sensação de conforto
Um senhor passa e me olha torto…
Balanço para a direita, balanço para a esquerda
Balanço para frente, balanço para trás
Sou movido ao gosto do vento, em um bale eterno
“Olhem para mim, sou o sinal do consumismo!
Vem chegando a hora de me despedir, meus algozes chegaram
Agora sou mais uma vez inferiorizado, diminuído, reduzido a uma massa disforme
Sou novamente levado para minha prisão, mais uma noite confinado
Amanhã é mais um dia…Ou seria menos um dia? Tanto faz
Nada mais importa, na vida deste pobre boneco de posto de gasolina…
© By Urban Tinker & L.M. (:(