O mundo do meio entre os opostos

O mundo do meio entre os opostos

Entre treva e luz.

Pelo raiar do sol e a inundante chuva.

Casado e solteiro.

O luar mais belo e a nuvem negra.

Lati e miar.

Cantar e silenciar.

Céu e inferno.

Deus e satanás.

Homem e mulher.

Deserto escaldante e uma floresta radiante.

Espada e escudo.

Freio e acelerador.

A brisa mais suave e o aspecto da dor.

Sim, é verdade, entre os opostos.

Vivemos risos e momentos indispostos.

Vitórias e derrotas.

A enfermidade e o semblante mais saudáveis.

A loucura e a sanidade.

Taí um embate.

Da força e fraqueza.

Quem deveras tem razão.

O que de fato avalia cada coração.

O mistério mais profundo.

As agonias do mundo.

Se falo não me escutam.

Se não falo condena me a ser mudo.

A liberdade.

A prisão.

É perigoso gritar.

Tem ouvidos cheio de ódio.

A inveja que envenena.

A bondade serena.

Enfim.

Somos tomados e desafiados.

O devaneio insensato de ignorar o irmão.

A sociedade impõe a condição.

Tudo vã, banal, naufragados na ambição.

O egoísmo vivo, o medo, a covardia.

E continuamos a ser navegantes.

Enquanto isso.

O próximo do próximo.

Que está a machucar o semelhante.

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 18/02/2021
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