Á beira da estrada
Hoje senti uma vontade imensa de escrever, escrever mais do que escrevo todos os dias!
Coisa antiga!
Aquelas sinas que não saem da cabeça e sempre damos com elas à beira da estrada!
Fincando as pernas, me deparei com tudo quanto matutava!
Feito fumaça que se abrem em balões de pensamentos, atei-me de que tudo aqui passa por depressa!
E de verdade não temos nem o ar dos pulmões!
Tudo se escapa, se esguia antes mesmo de darmos conta que se tinha!
Uma rua movimentada, azuada, encabulada cheia de gente isolada!
Um tanto de mundos amiudados,
Cada um no teu e tão sempre escabreado!
De tudo que na estrada passa, nada tem dono, tudo se perde, vira escombro sem morada!
Como se soubessem, de aqui não se faz morada!
Vive em partida à vida castigada!
A vida?
Aquilo que só cabe aqui, nos limites da esfera quase arredondada!
No atiro à estrada, um tanto esburacada, seguem o trilho, passos lentos, do início a alongada!
De tudo, talvez não fosse nada!
Mais certo das incertezas, aspirações elucidadas!
E de pensar em ser tudo,
Balões, pensamentos que se perdem e não cabem quase nada!