UMA COISA QUE TENHO MEDO

Uma coisa que tenho medo

São vastos os caminhos que machucam.

É torto a característica do homem.

Mas achamos que nunca.

Nos afetará o que propagamos a que nos consome.

Eu tenho medo enorme.

Incrivelmente.

Não é bala perdida.

Não é a mulher atrevida.

Não é a polícia ignorante.

Nem tão pouco a sociedade intolerante.

Tenho medo de um reflexo.

Que contém meus pecados complexos.

Poderia sim.

Um Deus exigente.

O temor de um crente.

A milícia cheia de gente.

Uau, sacana esse mundo.

Que produz um desprezo profundo.

Confunde as mentes.

Um pode mais.

Um pode menos.

Mas o teor da indiferença.

É uma cova.

Porém, cada atitude é uma prova.

E o que condena.

Ferozmente vou dizer.

Pra quem não mente ao retrato.

Pra quem não engana cada fato.

O mundo colorido.

As vezes um véu claro e redundante.

Aleluia irmão a clareza da sua exatidão.

Um caráter elegante.

Mas de repente um preto, um negro, um breu.

Quando o mar sufoca, machuca a alma, talvez seja este ateu.

Mas também vem uma violenta fase.

Um escaldante vermelho.

Isso que estou falando.

Meu medo.

Me olhar no espelho.

Ou não.

Hoje em dia.

Não tenho a agonia.

Genuína percepção de outrora ausente.

Sou sim.

Um observador.

Não tenho medo do espelho.

A sociedade é mais sanguinária.

Um ódio vermelho.

Ainda que negue.

Assim é o regue.

Meu conforto ainda me aflige.

Batendo na porta.

Abrindo o coração.

Mais uma poesia.

Letras da minha vida.

Amém

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 08/02/2021
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