Quarentena dos Desesperados

Quarentena dos desamparados

A crise que se fez pela invisível,

Sombra que paira pelo ar,

Discretamente nós prendeu,

Torna-se tortura sem piedade.

Um vírus que parou o mundo,

Como se aperta uma botão de pause,

Viramos vítimas presas

Dentro de nossos lares.

O vendendor de pipocas

Não o vejo mais,

Aquele cafezinho na barraca de Maria

Não tomo mais.

Preso dentro de casa,

Expulso do trabalho

O que manter de pé?

A saúde ou trabalho!

Econômia encolhida

Que se mata aos poucos,

Que agora mendiga

Por causa de uma epidemia.

És a perguntar

A Saúde ou o trabalho,

O medo de contaminar-me

E aos que amo.

És a perguntar,

Se trabalho posso adoecer

Se não trabalho fico a perecer

Depender de uma auxílio para viver.

Ter dinheiro ou morrer?

Que na morte neste tempo

Sem direito a despedida,

Ou encher a barriga?

A saudade dos que amamos

A distância não pode se fazer presente

A ausência que se compensa

Pelas fibras óticas da internet.

Não sei quem morrerá

As dúvidas que nos faz mistério,

Econômia que adoece

A saúde lançada as mãos alheias.

De que forma pensar

Em um Brasil sobreviver em fragmentos

A esperança de tomar o café de Maria,

Ou de abraçar o pipoqueiro na rua só lamentos.

Um nuvem que assombra

Que vem pelo ar se espalhando,

Atrapalhando o viver do cidadão

Respirar o ar, ou morrer sem respirar.

Que labuta que vemos

Uma saúde pública

Que faz remendos

Que nos deixa tremendo.

Que labuta que vemos

A economia agonizante,

Aterrorizante a infração

Que na gôndola faz o arroz do valor altear.

Os homens de má fé

Se usar da desgraça alheias

Para seu produtos aumentar,

Que o pobres orem para isso acabar.

Viver ou sobreviver?

O que deveríamos fazer

A barriga encolhendo

Os produtos subir o preço.

Quem paga o preço

E a corrente do elo fraco

Humilde e pobre por natureza

Terá que o preço pagar.

Desculpe a franqueza

E indelicadeza mas a verdade

Tem que ser dita que hipocrisia

Os empresários justificar seus preços.

Pobre João vai trabalhar,

Aumentando a economia

Para que o índice de mortes

Vós aumente.

Precisamos de políticos,

Que tenha políticas públicas

Que façam a saúde e economia funcionar

Que o pobre não se torne miserável.

Pequenos empresários

Pagam o preço dos grandes,

A corrupção que enriquece,

Somos nós que vamos pagar.

A morte invisível que vem pelo ar,

Respirar está difícil

Trabalhar é não respirar

Se proteja com máscara.

Máscara que nos algema

Mas questões do que devemos fazer,

Enclausurado dentro de nossa prisão

Ou liberdade que leva ao fim da vida cidadão.

Quarentena dos desamparados,

Que rogai ao deus pai

Por salvação na prevenção

Para a economia e saúde se aliar.

Thiago Sotthero

Thiago Sotthero
Enviado por Thiago Sotthero em 06/02/2021
Código do texto: T7178071
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