Elixir de aço
Quatro paredes, fugi
paredes maiores, encontrei
lá fora, um exército de máquinas
luzes e quadros, escoltam minha saída
prisão fluída, de ferro e aço
mil sombras luzem, figurando desejos
canais de água cinza, cruzam
tortuosos prados de concreto
meus passos levam
provar os fluídos, sucos de lótus
do fóton feito açúcar, em telas oblíquas
dos sonhos de vitrine, congelados em quadros estáticos
do elixir que bebemos, em cada satisfação