JANELAS DA VIDA
JANELAS DA VIDA
Vi um tempo diferente esvair-se por uma janela aberta
Por ela, contemplei paisagens sinistras e obscuras!
Por vezes a fechava, mas, ela insistia em ficar aberta...
De dentro do meu recôncavo podia sentir-me a descoberta
De tanta insegurança!... Entre dúvidas e incertezas
Foi um tempo de muitas tristezas!...
Postado e atado à janela via a banda passar tocando
Marcha fúnebre, e, sinistras figuras conduzindo a morte!
Por ela, pude sentir as fragilidades humanas
Nas insanas cenas de um “baile de máscaras” onde
Ninguém se conhece nem se reconhece!
Paisagens sinistras desfilaram por esse cenário...
Da janela podia ver e ouvir trovoadas e temporais
Ventos infernais, zumbis astrais, seres dos umbrais!
Agasalhado dentro do meu bunker atônito, não via
Repostas daqueles quadros confusos... Apenas uma
Janela aberta de onde a desgraça desfilava à frente!
Vez ou outra conceitos obtusos batiam à minha janela...
E, a novela insistia com mentiras, e, boatos falsos
Invadindo minha janela sem parcimônia!
Ao cadafalso eram as sensações de ser conduzido
Como gado levado ao matadouro...
Mas, num futuro vindouro espero, e, confio
Que minha “janela” se abrirá para a esperança,
Na benfazeja bonança após essa tempestade!
Que a brisa fresca possa banhar pela janela aberta
Toda a minha vida, arejando os ares da pandemia
E, exclua todas as agonias das paisagens de horrores!
Será então, a janela aberta a mostrar as belezas, e,
Os cenários apaixonantes de muitos amores!
Jose Alfredo