O ANCIÃO E O SONAR
O ANCIÃO E O SONAR
A PESSOA em pânico tateia na neblina
Caminha pelos mesmos lugares, passo
A passo nas rotinas. Deseja afastar-se
Do mundo limitado, da mala na diária
Fescenina. Viaja sempre para iguarias
Mesmas e lugares. Precisa-se sozinha
Não tropeçar, os olhos velados buscam
Os mesmos lados e esquinas. Ambientes
Conhecidos como se peixe fosse
No Aquário em busca da “Nova Era”
No mundo circo circular, um passo à
Direita, outro passo mais à esquerda
Sem que possa sair do mesmo lugar
O mundo pesa em seus pesares parcos
Há medo dele se distanciar. Inexiste
Pressa no ir para qualquer outro lugar
As distâncias todas estão apenas, não
Mais que a um único e trêmulo passo.