Dois mil e vinte
Quem diria?
Um inimigo invisível chegou
E Terra parou.
A vida no compasso de espera
Numa nova era.
Ano atípico de luto e de dor.
Quantas vidas ceifadas
E o mundo enlutado.
Mas também de vitória
Quantas vidas salvas?
Pelos nossos heróis
Da vida real
De capa branca
Com muitos aparatos
Lutando incansavelmente
E salvando vidas.
Ano de silêncio
Para quem sabe?
Acalmar as dores.
De ruas vazias
E famílias unidas em seus lares.
De trabalho remoto,
Reinventando e aprendendo
No seio do lar.
De desafios, lutas e nobre lições.
De desconsolo e um aceno de amor.
Entre familiares, amigos
E até desconhecidos, solidarizando
Mesmo que distante pelas redes sociais
A tecnologia a nos aproximar
Em afagos e abraços virtuais.
Nunca visto na humanidade.
Ano dos inconformados e consolados
De incrédulos e cegos
Com rostos sem mascaras
Vociferando besteiras
De crédulos e confiante tenente a Deus
De rostos mascarados
Com respeito e cuidado.
De fogo a queimar
E a vida ceifar
De missão admirável e incansável
De nossos bombeiros, veterinários, biólogos
E muitos heróis anônimos
E solidários na luta bela vida.
Do nascer de tantas crianças
Em meio o que parecia o caos
Trazendo alegria
Renovando as esperanças.
Dos pesquisadores e voluntários determinados
Na busca e corrida por uma vacina que fosse eficaz
Para combate um vírus maldito.
Que deixou um vazio profundo de dor
Em inúmeras famílias
Em toda parte da Terra.
Peço a Deus
Que conforte os lares
Abrandando a dor
E acalentando os corações
Para renascer a esperança
E que possamos seguir em frente.
Renovados pela intercessão de Deus
Com fé e esperanças em novos tempos
Que dias melhores virão
Com a tão sonhada vacinação
Para que possamos recomeçar
Renovados e mais humanos
Livre das amarras do egoísmo
Solícitos, solidários e humanizados
Com novos valores e mais amor no coração.