A BODEGA
A BODEGA
Uma porta larga de madeira
Uma janela do lado pra olhar
Dois tamboretes no canto pra sentar
Um balcão separando a prateleira
Bem na beira tem dois copos de vidro
Uma garrafa de cana e um limão
Dois caneiros em volta do balcão
Discutindo um assunto sem parar
É o ponto de encontro do lugar
Uma bodega no meio do Sertão
Tem quentão e cachaça de cabeça,
Uma cesta de ovos de galinha,
Urupema, um pote e uma quartinha
Dois canecos que serve a freguesia,
Tem bacia e cartelas de Gillette
Canivete amolado para cortar
Tem um fardo de charque no balcão
Uma Caixa de sabão para se sentar
É o ponto de encontro do lugar,
Uma bodega no meio do Sertão.
(Josias Teles)