CONFLITO ÍNTIMO
Metade de mim é medo
A outra metade um torpedo
Quer lançar-se ao mar sem rodeios
Mas contém-se com receio
De partir-me ao meio
Metades antagonistas, brigonas
Egoístas
Se são metades de mim
Porque não fazem um acordo?
As vezes tremo de medo
As vezes sou puro arrojo
Minha metade torpedo não teme o futuro
A metade covarde espera uma salvaguarda
Que me deixe mais seguro
Enquanto isso se retrai
E se esconde no escuro
AVP-28/12/2020
PUBLICADO POR
AILTON V. PRIMO