MONÓLOGOS

De frente comigo

Rebentam pontes e estradas

Lágrimas amaciam o meu rosto

Afago dos solitários

Pensamentos torpes na liquidez do tempo

Levam-me de tudo sem permissão

Dia a dia

Esvaio nas gavetas perturbadas do desejo

No silêncio de tantos medos

Singelo segredo, pairar.

Afogar inúmeras vezes sem gritar

Retornar ao jogo sem querer...

E te encontrar bem fundo e dentro

Monólogos sangrentos

Sombrios, rotundos

E ninguém intervêm!

Quantas vezes já morri para viver uma vida inteira...

Maria Mariane
Enviado por Maria Mariane em 27/12/2020
Reeditado em 21/04/2021
Código do texto: T7145202
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