MONÓLOGOS
De frente comigo
Rebentam pontes e estradas
Lágrimas amaciam o meu rosto
Afago dos solitários
Pensamentos torpes na liquidez do tempo
Levam-me de tudo sem permissão
Dia a dia
Esvaio nas gavetas perturbadas do desejo
No silêncio de tantos medos
Singelo segredo, pairar.
Afogar inúmeras vezes sem gritar
Retornar ao jogo sem querer...
E te encontrar bem fundo e dentro
Monólogos sangrentos
Sombrios, rotundos
E ninguém intervêm!
Quantas vezes já morri para viver uma vida inteira...