POEMA DE ÚLTIMA HORA (UMA PEQUENINA AMOSTRA DO CÉU)
Caminhando para o entardecer,
Ao som de interrompidas canções ao vento,
Mas forte nas folhagens dos buritizeiros,
Juntando-se aos belos cânticos dos pássaros,
Com todo o espalhado verde
Contrastando com o azul celeste
E o branco, tão branco das nuvens,
O depósito com o precioso líquido
Ganha visual mais condizente.
Escorre o seu líquido terra abaixo
Após providências cabíveis e louváveis
Dos netos caçulas, o João e o Victor Hugo
Que usaram suas forças e inteligências
Para existir um rego extenso e bem feito
E a água ganha novos rumos para novas vidas.
Só que no final da história
Forças contrárias modificam o plano
O rego, antes caprichado, torna-se largo e sem graça.
Não me deixaram, pois, este poema
Que ficasse, eternamente, com gosto de mel.
Batalha – Piauí, Fervedouro, 09 de janeiro de 2008.
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Francisca Miriam Aires Fernandes, em "Safra Poética", 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2020 (Página 62).
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