Meros Canibais

As necessidades nos fazem sentir de menos

E nossos pensamentos, tão pequenos!

Perdidos num espaço insignificante

Num vazio inquieto de minha alma

Devote-te a cada instante

O nosso alimento é a própria solidão

E nosso orgulho que nos fazem tão fortes

Apenas deixam-nos cada vez mais covardes

Abastecendo-nos de profundos cortes...

São todos iguais, oh tolos mortais!

Sempre querendo mais e mais

Sempre com apetites tão vorazes

Devorando-se uns aos outros

Incapazes de ignorar seus instintos animais

Nossos instintos são perigosos

Camuflados por belezas angelicais

Afinal, o que somos nesse mundo?!

Ora, somos como meros canibais.

(Michele de Vênus, escrito em 26 de Junho de 2012)

Michele de Vênus
Enviado por Michele de Vênus em 06/12/2020
Reeditado em 23/02/2021
Código do texto: T7128986
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