DENSIDADE
Densidade
Regina Barros Leal
E no meio da escuridão vi faíscas
Eram os braços da lua, dando adeus
Corri alvoroçada para segurá-la ,
Mas sorrindo, desapareceu na noite
A alvorada se fez luminosa, chegando sem pedir licença
Minhas lágrimas secaram com sol
Minha pele marcada pelas dores, tatuada de mil tristezas,
Retorcia-se em transformação.
Roguei aos céus, clemência
Ouvi, sussurros de perdão
As lágrimas, regaram o solo endurecido
Transformou-se em terreno fértil
Nascem os frutos semeados pelo amor
Surgem estrelas, centelhas de perdão
Assim. desvaneceu a densa escuridão