O Homem Misterioso
Sempre passa aquele mesmo homem
No mesmo lugar, no mesmo horário
Sem nunca pronunciar o nome
Com aura mística de literário
Anda devagar aos passos lentos
Observando com calma a paisagem
Aproveitando cada instante, cada momento
Sem nada no bolso sem nenhuma bagagem
Percorre um instante e olha para o vazio
Para com um ar carregado de humildade
E depois olha para aquele cenário sombrio
Contestando a realidade
Fica a olhar sem falar nada
Esconde-se atrás de uma face deprimida
O seu rosto é apenas uma faixada
Para esconder os agouros da vida
Então sai pela noite adentro
E esconde-se em meio a escuridão
É livre assim como o vento
E também solitário como a solidão