FULGOR
FULGOR
Com seus gingados...
Eu mudo de tons e de cores
... Fico fanho fico pardo...
Depois saio, nesses passos
que me repele em sua pele,
demarcando nosso fado.
Em meio aos seus sopros e
estiagens, eu fico solto,
em suas margens quase
loco... Ali à beira do abismo,
embebedo-me sob o mel da
sua micagem, para depois
sucumbir-me ao fulgor
d'essa sápida garagem.
Antonio Montes