Quando dormir

Quando dormir (José Carlos de Bom Sucesso – Academia Lavrense de Letras)

Os minutos vão passando,

Ao toque do relógio na parede.

O tic-tac bem cronometrado

Faz com que o organismo se tranquiliza.

Lá fora os veículos buzinam

Aumentando mais o ronco dos motores.

Ainda é noite, noite de calor.

Alguém deitado, sentindo dor.

O grilo canta a canção

Que desperta o coração.

O poeta, ainda acordado,

Pensa em alguns versos.

Não são tantos, mas um pouco,

Que falam da noite e da madrugada.

Escreve algo para o coração,

Da amada, da poesia, sua oração.

O tic-tac do relógio continua,

Parece que bate mais forte.

O silêncio agora é profundo,

É noite, acabou o lazer do mundo.

Ouvindo mais uma vez o tic-tac do relógio,

O poeta faz os últimos versos da noite.

Abre a boca, pois o sono se aproxima,

Fica triste porque não conseguiu a rima.

Com os olhos pesados do longo dia,

Um texto pensou que lia.

Não pôde, pois os olhos fecham para o sono.

Quando dormir, ele esquece, pois já dormiu.

JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO
Enviado por JOSÉ CARLOS DE BOM SUCESSO em 20/09/2020
Código do texto: T7068202
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