Minha noite!
Minha noite!
Regina Barros Leal
Debruçada, olhei a noite da janela do quarto
Sombras e luzes, alçavam a madrugada chegando
Sustei em mim, buscando o silêncio falante
Senti o frescor da alma, sem véus e sem fardo
Numa veludosa e sonora gargalhada vibrante
A noite de tão bela, brotou um hálito refrescante
São dos lábios da boca da noite misteriosa
Andei no corredores ornados de prata dos cabelos da lua
Vi o meu interior, conecta-se às luzes e minha alma sorriu
Firmei meu ânimo nascente, na infinita beleza da luz nua
Banhei-me na águas puras que regam meus sonhos maduros
Envolta em fios de prata, brilhei na noite encantada
Não tinha idade! Rejuvenescida senti-me criança amada
E a ternura tomou conta de mim, vontade sublime!
Eis ai, um divino sentimento de unidade plena