solid ON
Falenas giram entorpecidas a luz
Tela do mundo que roda no celular
A abissal solidON da quimera
como se jamais e nunca houvera
senão a vanidade do remoto abismo
longe dos primores nessa nova era
a ignorar de soslaio e jeito esquivo
olhos afins que procuram os teus
Ai solidão, solidON
Entre os tantos mares de olhares
Exibe o mundo as Janelas celulares
O vazio no céu de nuvens da solidON
O cio de mentes a procurar quasares
Pulsares de grandes prazeres digitais
dentre os muitos saberes e os teres
o magneto dos pecados mais capitais
Ai solidON, Solidão
de tudo o que se lê, vê e compartilha
somos lobos solitários à cata da matilha
como se outros uivassem bem distante
apartados e isolados cada um numa ilha
Entretidos com sua mídia, seu som
a inação, a se regozijar na solidON