Cadeira
Na cadeira de madeira me sento
Embalo meu pensamento
Regozijo-me com minhas ideias
Transcrevo em linhas paralelas
Tudo o que há cabimento.
O amor cabe aqui.
A natureza está bem ali.
De livros não abro mão
Nessa cadeira de lona
Prefiro ser como a dona
De tudo o que está por vir...
Nessa cadeira de balanço
Escapo e vou pra bem longe
Pra cá, pra lá, para adiante
Seguindo seus movimentos
Deixo correr como os ventos...
Na cadeira de veludo
Posso desnudar meu mundo
Frágil, porém forte!
Opaco, o veludo vermelho ofuscou o meu brilho.
Na cadeira de palha
Toda a beleza se espalha
Preciso me recolher!