Meu Olhar em Quarentena
Estávamos passando por tempos sombrios
Os dias eram iguais, confinados em casa
A pandemia COVID-19 ganhava força lá fora
E nossas saídas só eram permitidas se acompanhadas de máscara
Os carros diminuem a circulação
As escolas fechadas, à espera dos alunos
Os bairros vivendo um domingo calado e eterno
Os medos e a ansiedade retumbando nos corações de todos
Novelas suspensas e no jornal as mesmas notícias
Aumento das mortes, das suspeitas e dos que quebram as regras
“Vivemos uma distopia” alguém diz
Estamos todos presos não só em nossas casas mas também em nós mesmos
Não podemos visitar parentes e amigos
Não podemos voltar às aulas ou ir ao cinema
Viajar, andar tranquilamente com os fones no ouvido
O que era normal e cotidiano, soam como flashes de recordações
Os dias estão longos, o cansaço latente
A fé tenta manter-se inabalável
Ausente às missas de domingo
Na esperança de que este pesadelo logo terá fim.