O SILÊNCIO DOS PROFETAS

O SILÊNCIO DOS PROFETAS

(O segredo das palavras está na desilusão dos que não têm inspiração.Sol)

JOSE

Á de se crer que tudo  mudou quando<br>

todos procuraram o dia de ser um só rei.<b

E num acaso as horas  se perderam entre as pirâmides  e a Esfinge de cupins.<br>

Os depósitos entornaram o trigo nos alagados e os os irmãos caminhavam famintos pela terra rachada do sertão.<br>

MOISES

O genoma dos sentinelas atômicos, cruzavam as trevas dos anéis de ferro dos abatidos n sarça ardente.<br>

Medíocres nomes de sardas por ações nos diques oxidados pelo sol q vive em meu deserto.

Óbito de centenas que se opuseram aos gladiadores do porão de chumbo que Dissolviam a soda cáustica e surfavam cabeças nas ondas dos aminoácidos.R.p

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NEEMIAS

Senti raiva do pedreiro e confessei me sob o muro do cemitério.

Tu inimigo que ficastes calado, acrescido de mágoa sorriu me.

Ele regou a alma com o nosso pranto a noite, que escondido aos gritos enganou nos.

Eles pela manhã  viram o brilho que tinham o punhal.

Eu sabia que era minha noite e<br>

bem cedo tu vistes o inimigo sob a relva estirado.R.p

PAULO DE TARSILA

O eco é o ego do eco

Sou o eco de meu pai

Meu filho é meu eco

Meu neto é o eco de meu filho,

O dia é o eco das horas os minutos são o eco dos segundos e

os segundos são os ecos do nada, Logo não nego meu eu.

Tudo é nada,  meu Eu não é nada de mim mesmo.

Tudo não é nada,

Dentro do nada existe o instinto.

O pensamento é nada só o instinto da fé é o tudo desse nada.

O pensamento é só engano, mas o instinto é o início.

O pensamento planeja,mas o  instinto faz.<

O instinto é a inspiração da alma.<br>

Eu não sei q  vivo pois o viver é o pensamento q vivo, mas se o meu  eu não esta vivo dentro deste cabaneiro que sou.

 Logo ñ estou vivo mas estou morto p aquilo q acho q está vivo, logo sou o eco de mim mesmo.

Mas quem sou eu nestas cartas cheias de ecos?

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ABSALÃO

  Meus ossos foram mexidos por abutres.<

Desnudo fiquei sem minhas carnes.<br>

  Tu porém toda de rosa ali parastes na contra mão da lua e vi Salomé.

Ele arrancava odores quando dera o passe em falso no estio do campo das figueiras.

Corri, meu  suor embasava os olhos sobre o cavalo branco que se arrastou na contra mão e  manchou de vermelho os galhos do cipreste da Mata tropical.

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GEROBOAO

 Nas águas verdes  da Pampulha vi meu rosto.

  Vós, que sois ruidosa galáxia reprimida  emboscaste me e armada sobre o carro de boi na estrada do zoológico atirastes em meus braços.

Eles ouviam meus gritos na noite, ficaram ansiosos e suicidas que eram foram derramar o ocio nas drogarias da lagoinha.

DAVI

Éramos Detonautas a pendurar pescoços nas árvores do parque. Com espadas afiadas depusemos reis e entreguei amigos a própria sorte em guetos inimigos. Ministrei meu sêmen nos versos da bela Bete. E na praça Siquém vi o mundo desmoronar.R.p

GEDEÃO

Senhor, quando minha hora enfim chegar,<

que eu tenha o prazer da morte súbita

e não caia eu enfermo nas mãos do  meu inimigo nos confins do seu lagar.

Para que meu corpo não venha sofrer a dor dos seus toques malignos,

Para que meus ouvidos não venham ouvir seus sorrisos tão infinos.

Para que meus olhos não venham ver suas lágrimas de alegria

e que minha boca não venha sentir o fel de seus beijos neste dia.

Senhor, quando enfim minha hora chegar,

daí me o prazer da morte súbita

Para que enfim em seus braços possa eu descansar.R.p<br>

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Crisol e Ricardo portero
Enviado por Crisol em 30/07/2020
Reeditado em 30/07/2020
Código do texto: T7020933
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