COMPREENSÃO
COMPREENSÃO
Sob fundos de vidro
eu me alivio todo,
fico ébrio e me tonteio...
Não faço quatro, nem paro,
na coluna do meio.
Um gole para despedida,
que antecede ao outro e outro
... E ambos permeiam as
arapucas da minha vida.
Um dia desses, eu amanheci
largado a beira d'um poste...
Com um galo na testa
e as marcas do meu capote.
Sou assim, uma esponja
ambulante, todavia
envernizando balcões com
minha barriga... Um dia
no chão n'outro dia na
grama, até que alguém
me diga, ou me difama.
Não posso viver sem beber
no entanto esta sendo difícil
viver... Tentando compreender.
Antonio Montes