COMPREENSÃO

COMPREENSÃO

Sob fundos de vidro

eu me alivio todo,

fico ébrio e me tonteio...

Não faço quatro, nem paro,

na coluna do meio.

Um gole para despedida,

que antecede ao outro e outro

... E ambos permeiam as

arapucas da minha vida.

Um dia desses, eu amanheci

largado a beira d'um poste...

Com um galo na testa

e as marcas do meu capote.

Sou assim, uma esponja

ambulante, todavia

envernizando balcões com

minha barriga... Um dia

no chão n'outro dia na

grama, até que alguém

me diga, ou me difama.

Não posso viver sem beber

no entanto esta sendo difícil

viver... Tentando compreender.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 26/07/2020
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