O construtor de riquezas
Gilberto Carvalho Pereira
Fortaleza, CE, 25/7/2020
Mãos calejadas, serviço árduo
Prole enorme, dinheiro pouco
Carecendo de tudo, s’ supérfluo
Levando vida de quase louco.
Sem estudo, sempre explorado
Tempo escasso, pouco descanso
Corpo dolorido, sempre ignorado
O que tem, foi conquista do acaso.
Com suas mãos constrói templos
Onde a riqueza prospera e comanda
Em sua pequena casa a vida desanda.
Filhos doentes, mulher a partejar
Dois quartos já não cabem tantos
Tal degradação o leva aos prantos.