FUNDO DO COPO
FUNDO DO COPO
Gole do copo. Amargo da saliva
... Cuspe azedo de todos os dias.
Eu vejo pesadelo sob fundo dos vidros.
Sereno da noite tem me sido manto
e eu... Amanheço no amanhecido do
meu próprio encanto. Ainda bem que
os postes das rua me aponta os galos.
Outro dia eu estava tentando tomar
banho de lua através d'uma poça d'água.
Aí de mim, se não fosse as tantas...
Tantas janelas tantas contas... Segure ai,
que agora será a ultima. Opa mais uma!
Tantas passadas que as vezes até,
desencanta. Mas são tantas...
Tantas contas! Que me fazendo contas,
eu cambaleio, lá pelas tantas.
Antonio Montes