FUNDO DO COPO

FUNDO DO COPO

Gole do copo. Amargo da saliva

... Cuspe azedo de todos os dias.

Eu vejo pesadelo sob fundo dos vidros.

Sereno da noite tem me sido manto

e eu... Amanheço no amanhecido do

meu próprio encanto. Ainda bem que

os postes das rua me aponta os galos.

Outro dia eu estava tentando tomar

banho de lua através d'uma poça d'água.

Aí de mim, se não fosse as tantas...

Tantas janelas tantas contas... Segure ai,

que agora será a ultima. Opa mais uma!

Tantas passadas que as vezes até,

desencanta. Mas são tantas...

Tantas contas! Que me fazendo contas,

eu cambaleio, lá pelas tantas.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 25/07/2020
Reeditado em 27/07/2020
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