R O M A N T I S M O
R O M A N T I S M O
Todas as coisas são sagradas
Em seus universos de sonhos
Todas as coisas são irreais
Como se ainda por nascer
Todas as coisas inexistem
Como se fossem crescer
Dentro e fora do mundo
São visíveis e invisíveis
Fossem simples vaga-lumes
Aos olhos seduzissem
O reluzir em seus seixos
Clamam por ser verdades
Vigentes em todos textos
Todas as coisas vigentes
Vórtices de si mesmas
Coisas são tempestades
Passam por sementeiras
Ficam em seus arquivos
Nos nichos das ceifeiras
São seus cafezinhos doces
Seus sabores comezinhos
A estar lar nos lábios
Dos abismos com carinho
Toda pessoa fortuita
Que se quer se diz sábia
Toda pessoa isolada
Inconsciente de tudo
Inconsciente de nada
É matéria que espreita
Ser inteira a unir partes
Que foram desagregadas
Toda gente é Elo Perdido
Esvaído diária mente
Sobrevivente cotidiano
Todo mundo tem uma mãe
Que deu vistas à desolação
E te lançou aos gusanos!!!