MEU CORPO ÉBRIO
Meu corpo ébrio
Todo titubeante.
Meu ser.
Meu interior.
De fato e verdade.
Parece que sou casado com a perfeição.
A sociedade cobra e exige padrão.
Quem falou.
Quem disse.
Quem ostenta essa razão.
Acho que eu sou quem ergueu a bandeira.
Sou eu que preciso proclamar a libertação.
As algemas são livres.
O medo vivo pede a prisão.
Mas meu corpo é ébrio.
Louco desconcertante.
Volúpia delirante.
Oscila entre céu e inferno.
Mas vivo assim.
Que esse destino me aprove sim.
Louco e dono da sanidade.
Giovane Silva Santos