O Sol
Tenho saudade de quando aqui tudo era mato
De quando você nascia solitário
E de quando ganhava altura
Quicando de árvore em árvore
Tenho saudade de você se escondendo entre o mato e o morro
Na minha imaginação você queimava as folhas das árvores
Tenho saudade de você a se pôr
Parecia uma bola descendo as montanhas
Agora só te vejo enrolado nos fios
Te fotografar é um desafio
Paro o carro e procuro um bom ângulo
Mas em vão, são realidades que não engulo
Um poste e linhas esticadas
Uma grade que esconde jardins e escadas
Um muro, um prédio e pessoas sem tempo para te ver
Agora tu és prisioneiro na imensidão do céu
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POEMA publicado na Antologia Poesias encantadas - 2010-2020 Edição comemorativa de luxo, Mogi Guaçu-SP, Editora Becalete, 2020.
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Abraço, Cheiene.