É B R I O
Corpo sem Alma
coração vazio
sucumbe ao tempo
num viver sem vida
onde a música não toca
onde a dor fez ferida
e a mágoa não cicatriza
sou o tempo agonizante
sem sua companhia
Sou pele sem sombra
à mercê do sol latente
que se vai além do poente
penar a vagar pelas sombras
ao som de lágrimas derramadas
que demarcam meu caminho
trilhado entre areias e pedras
sem rumo e sem destino
ao leu feito brisa em meio ao vento
na poesia, como ébrio, busco esquecimento