FLANCOS DA POESIA
FLANCOS DA POESIA
Hoje eu topei a poesia...
E ela estava torta sem ponta sem porta.
Ela me viu e saiu pela janela, passou
pela varanda e partiu voando pelo céu
do meio dia. Voou sem asas sem pena,
voou sem vento nem papa-vento...
Voou mesmo estando presa por detrás
de muros e selas... Voou Acorrentada
em totens. Voou pelos trilo do sul...
Voou pelas estradas do norte.
Voou em consentimento, pelas lacunas
da noite e pelos flancos dos ventos.
Antonio Montes