uma covardia com a poesia

Uma covardia com a poesia

Eu acho.

Sou eu.

Faço uso desse enredo.

Me arranjo nesse relampejo.

Usar a poesia.

Para fantasia.

Despejar as aflições.

Desabafo.

Despir as frustrações.

Como sou covarde.

Poderia falar de amores.

Paixões.

Romances.

Flores.

Sensibilidade.

Porém.

Coloco as palavras no trem.

Descarrilhando sob trilhos.

De vagão a vagão.

Faço um arranjo de turbilhão.

Descarrego a dor.

Menosprezo a cruz.

Entendimento débil.

Essa angústia que me conduz.

Oh ser covarde.

Desfaz a harmonia.

Da vida a tristeza.

Maltrata a poesia.

Tá bom.

Parei.

Que venha o sono da dor.

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 11/06/2020
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