ARDOROSO COTIDIANO

Meu trabalho é só dever e aborrecimento

Caras fechadas, duras, falsas, mas

O ódio em minhas veias fede a apodrecimento

Põem para fora quem critica as normas

Amigos vão-se embora atrás de oportunidades

Retratos de risos ficam tristes com as lembranças

De momentos que se foram cobrindo a saudade

Queria voltar o relógio e brincar como criança

Brinquedos de agora são farpas que me ferem

Os colegas de agora: antipáticos como o tempo

Queria não ser da profissão só uma engrenagem

E arrombar fronteiras como o louco vento

Mas pessoas são martelos martelando nossa paciência

Para talvez nunca entender a razão de uma existência!

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 09/06/2020
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