Planetário

Sobrevoava o campo uma graciosa borboleta

A que se dá atenção

De repente o céu azul

No escuro muda...

E não se sabe se isso passará

Ter um cheiro de primavera...

...As outras estações se escondem em ti por ti

E existe o tempo...

Nadar/esquecer... numa nebulosa distante

...

Acelerava o coração ingênuo

E me perdia dentro do teu universo

Às vezes tua música era decifrada

Uma chuva de um mar inquieto

O calor e o frio confundiam-se

E fundiam-se em vida...

E sentir isso era ser mortal e deus juntamente

Um universo formava-se em nós

...Minhas histórias em quadrinho...

Existia nelas – herói de verdade

Porque precisavas ser salva

Partiste... e o balão azulado flutua

E a vida azulada mergulha – só uma cor

Minha gramática – meu romance

Tão certos quanto o tempo

A tempo, bem no tempo de passar

E assim vamos

Meu espaço seria o teu lugar...

E teu ofício, muito me amar

Deixa... Eu vou com luz

Tem um feixe em meu peito

E há um clarão por perto...

...E só conto com as estrelas do meu céu.