Anjo
Em tempos de quarentena,
faço as minhas novenas
rezo o terço, o rosário
na gruta de Nossa Senhora.
O sino do campanário,
da Paróquia São Vicente,
já não soa para gente,
nem à hora da Ave Maria.
Melancólico começa o dia,
sem as suas badaladas,
mudo continua o sino,
não mudo o meu destino.
Ouço a alegre risada,
do bem-te-vi lá fora,
um anjo azul sussura aos meus ouvidos:
A nuvem negra está indo embora.
Benvinda Palma