Menina-moça mundana
Gilberto Carvalho Pereira, 22 de maio de 2020
Vagando pelas esquinas escuras
Cigarro na mão, sorriso forçado
Ela não se importa, são loucuras
De um modo de vida desgraçado.
Fazendo do corpo matéria-prima
Em moedagem de pouco valor
Vida compondo verso sem rima
Fração de compasso do desamor.
Menina sem rumo, sem proceder
Usada ao bel-prazer do amante
Agindo como ordinário meliante.
Criança sem futuro, sem destino
Vida sem virtude, sem convicção
História de riqueza, alegria, só ficção.