Dom Quixote : Novela da vida real

E eis que a menina quer

Novelas de cavalaria ler.

Mas não seria qualquer uma.

Não, não poderia ser...

Era aquela mais famosa,

Da literatura aclamada.

Clássica, venturosa,

Por críticos, desejada.

E em meio a tais vontades,

Esta narrativa se inicia,

A princípio, de obra resumida,

Do cavaleiro andante,

para criança e adolescente discutia.

Mas não, como professora

tinha que outra versão ler

E assim ela passa

A tal obra querer obter.

E vai no site

Por ela mui visitado

Que nesta quarentena,

Tem nele um forte aliado.

Mas parece que é coisa ruim,

Estranheza ou não sei o quê.

Foi em um vendedor

E de tal obra tentou se valer.

Mas quando menos esperava,

Uma negativa ocorreu,

A resposta foi que

A obra não tinha mais pra vender.

Mas ela insistia,

"Como Sancho Pança vou continuar,

Mesmo com as dificuldades ,

Este clássico da literatura eu ei de comprar."

Pela segunda vez, ledo engano

mais uma vez,

O plano entrou pelo cano

E Dom Quixote virou desengano.

Um é pouco

Dois é bom

Três é demais

Socorro!

Parece que não me deixa em paz.

Irei tentar,

desta vez, creio que vai!

Parecia que ia tudo bem,

Livro novo,

Devidamente pesado,

Acima de qualquer suspeita, pensara.

Dessa vez esta leitura não lhe escapara.

Como dois e dois são quatro,

A novela não termina

E eis que um outro problema surgiu.

O que seria uma grande compra

Na verdade era o livro, numa versão infantil.

Mas que desaforo,

Ela pensou,

Por que o vendedor não disse antes?

Na verdade, pensa ela,

O mesmo ocultou até o último instante.

Chega!!

A leitora pensou.

Mas sou brasileira,

não desisto não .

Irei até o fim!

Como Dulcineia, Dom Quixote e

Sancho Pança perseverante.

Esta quarta tentativa.

Com fé em Deus, vai adiante.