A POESIA NO QUOTIDIANO!
Pra quê?
Buscar fins ignorando os meios,
quando o parâmetro das águas é horizontal?
Por que
Contornar limites,
quando tudo é cíclico e na vida tudo muda?
E buscar evasão dos problemas,
quando melhor seria enfrentá-los
nos aclives e declives?
Por que
Substituir razões,
quando em tese se convergem às lições de vida?
Mas,
pra quê, mesmo, acreditar que passaremos ilesos de cicatrizes
ao cruzar por essa vida uma única vez?
Bem,
a verdade é que, se o tempo é implacável e não perdoa ninguém
nos contra-pontos das águas desmedidas e gingado das estações,
a saída, mesmo, terá que ser camoniana e partir em busca
" dos mares nunca dantes navegados."
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